O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a aprovação da PEC 8/21, que busca limitar as decisões monocráticas dos ministros do STF e outros tribunais superiores. Segundo Lira, a proposta não interfere na autonomia dos poderes e respeita os limites constitucionais, não violando cláusulas pétreas.
A PEC, que tramita no Congresso, visa racionalizar o uso de medidas cautelares e promover maior previsibilidade nas decisões judiciais. Lira enfatizou que a proposta reforça o princípio da colegialidade, garantindo que decisões de grande impacto político ou social sejam examinadas com maior segurança jurídica.
A manifestação de Lira foi enviada ao ministro Nunes Marques, relator do pedido de suspensão da tramitação da PEC. O pedido de interrupção foi feito pelos deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), que compartilharam a medida judicial contra a proposta.
Lira rebateu as críticas, afirmando que a PEC não prejudica o controle de constitucionalidade e fortalece o equilíbrio entre os Poderes. Para ele, a medida evitará a perpetuação de decisões provisórias, garantindo que o mérito das cautelares seja julgado em breve espaço de tempo.
“A proposta mantém intactas as garantias de independência e harmonia entre os Poderes, de modo que as alegações de violação a cláusulas pétreas não se sustentam”, defende o presidente da Câmara.
Desta forma, Arthur Lira afirma que proposta estabelece parâmetros para que o STF se manifeste de forma ágil e eficaz sobre questões de grande relevância, sem comprometer a qualidade ou o alcance de suas decisões.