A pedido do Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio da Promotoria de Justiça de Vitória do Jari, o Juízo da Comarca da cidade expediu, no último dia 5 de junho de 2024, mandado de prisão preventiva, nos autos do Processo nº 0000210-20.2024.8.03.0012, em desfavor de Robson Pinheiro Araújo. Ele é acusado de assassinar Rosinaldo Machado Trindade, em maio deste ano.
O pedido do MP-AP é assinado pelo Promotor de Justiça Saullo Patrício Andrade e a prisão foi decretada pelo juiz Luiz Gabriel Leonidas Espina Hernandez Geo Vercoza. Conforme o titular do órgão ministerial na cidade, a ação do acusado foi determinante para a morte da vítima. Robson passou na sexta-feira (7) por audiência de custódia e foi mantida a prisão dele.
Entenda o caso
No dia 12 de maio de 2024, na Passarela José Simeão de Souza, no município de Vitória do Jari, a vítima Rosinaldo Machado Trindade foi até a residência de seu pai, contudo foi abordado pelo denunciado Robson Pinheiro Araújo que solicitou R$ 2,00 (dois reais) a vítima.
Na ocasião, a vítima informou que não possuía nenhuma quantia e adentrou a residência de seu pai. Em seguida, Robson indignado e irritado por não ter recebido nenhum valor, arremessou uma garrafa de vidro na porta da residência, tendo a vítima ido pedir explicações do ocorrido. Nesse instante, Robson arremessou uma pedra de concreto no rosto da vítima, após evadiu-se do local.
Posteriormente, quando a vítima caminhava até a delegacia de polícia para registrar a ocorrência e pedir ajuda aos policiais, encontrou Robson no caminho, tendo este novamente agredido a vítima com golpes de madeira (tipo perna manca), socos, estrangulamento (mata-leão), além de segurar a cabeça da vítima dentro de uma poça de lama, não consumando o intento homicida no momento devido a intervenção de morador da cidade.
A vítima, em decorrência da ação extremamente violenta e cruel de Robson, teve múltiplas fraturas na face, evoluindo para infecção local e fasciíte necrotizante associada a sepse, necessitando de múltiplas intervenções cirúrgicas para desbridamento do tecido necrótico. Em seguida, foi transferido para a UTI, em coma induzido, intubado e em ventilação mecânica. Após todo o esforço da equipe médica do Hospital Geral de Macapá, a vítima não resistiu e veio a óbito no dia 30 de maio de 2024.
O acusado chegou a ser preso, no dia 12 de maio, porém, em audiência de custódia realizada no mesmo dia, foi solto para responder pelo crime em liberdade provisória. A autoridade policial concluiu o inquérito policial e, após diligências, apresentou fatos novos – oitiva de testemunhas e laudos periciais, que demonstraram gravidade mais acentuada da ação criminosa na dinâmica do crime.
“Fui procurado pessoalmente no MP por familiares da vítima, recebi vídeos e mensagens clamando por justiça. Após analisar o caso, diante da nova conjuntura e constatar a gravidade em concreto das circunstâncias e ações praticadas pelo réu, ajuizei ação penal e também o pedido de prisão preventiva, por afronta a ordem pública “, comentou o promotor de Justiça Saullo Patrício Andrade. O mandado de prisão foi cumprido pelo Delegado de Polícia de Vitória do Jari, Juliano Uzueli, juntamente com sua equipe, no dia 6 de junho.
Com informações do MPAP