O julgamento de Flordelis dos Santos de Souza, no Tribunal do Júri de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro se aproxima do desfecho. O Ministério Público mantém a linha acusatória, acusando Flordelis de ser mandante do assassinato do marido, pastor Anderson do Carmo, ocorrido em 16 de junho de 2019 por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Com Flordelis, outras quatro pessoas são julgadas pelos mesmos crimes, e outros conexos.
No dia de ontem, Flordelis dos Santos, ao ser interrogada, relatou que pouco tempo após casar-se com o pastor Anderson do Carmo, a quem acolheu como filho aos 15 anos, passou a viver uma rotina de violência. “Ate na hora do sexo, meu marido só chegava às vias de fato se me machucasse”, disse Flordelis. “Ele me enforcou uma vez, desmaiei”, disse.
Flordelis nega a acusação de ser mandante do crime e atribui que seu filho, já condenado a quase 30 anos de prisão, Flávio dos Santos, tenha morto Anderson motivado pelos abusos sexuais cometidos pelo pastor contra sua família. Flávio é filho biológico de Flordelis. “Hoje sei qual o motivo do crime. Muito difícil para mim falar mas, foi a ciência dos abusos que aconteciam dentro da minha casa”
Após todas as providências de instrução inicial do julgamento, o Ministério Público falará por duas horas e meia e a defesa pelo mesmo tempo. Poderá haver réplica de duas horas da Promotoria, com a mesma duração pela defesa. Depois. os jurados vão se reunir na sala secreta para votar os quesitos que embasarão a sentença. O Ministério Publico sustenta que Anderson foi moto por controlar a carreira de Flordelis, inclusive com a parte financeira. Flordelis era uma cantora gospel de sucesso que se elegeu deputada federal em 2018 pelo PSD.