Juízes que ganham ATS sofrem pedido de paralisação de pagamento em ação do Novo no STF

Juízes que ganham ATS sofrem pedido de paralisação de pagamento em ação do Novo no STF

O Partido Novo quer suspender, no âmbito do Poder Judiciário, pagamentos a magistrados sob a rubrica de ATS-Adicional por Tempo de Serviço, em especial quanto ao montante retroativo que vem sendo desembolsado nos últimos meses. Para o Novo esse pagamento tem sido efetuado ilegalmente, razão pela qual pede, com a medida, a concessão de providência,  de natureza cautelar, para que, especialmente nos TRF’s e TJ’s do país, sejam paralisados esses pagamentos. A ação está pendente de análise e tem como Relator o Ministro Cristiano Zanin, do STF.

O ATS acarreta um aumento automático de 5%(cinco por cento) sobre os vencimentos dos magstrados, sem que possa ultrapassar o número de 35% a incidir sobre o subsídio dos juízes, além de não integrarem o teto do funcionalismo. Embora a Constituição Federal de 1988 vede a percepção de qualquer outra vantagem pelos magistrados, afora os subsídios, no ano de 2006 o CNJ editou uma Resolução que vedou expressamente o pagamento desse benefício. 

O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, já havia suspendido, cautelarmente, o pagamento dos valores retroativos, referentes aos Adicionais por Tempo de Serviço (ATS), à magistratura da Justiça Federal. A decisão se deu nos autos do Procedimento de Controle Administrativo (PCA) proposto pelo deputado federal Kim Kataquiri (União-SP), que questionava decisão do Conselho da Justiça Federal (CJF) que autorizou o restabelecimento do pagamento da vantagem remuneratória, conhecida como “quinquênio”, extinta há 16 anos.  

Entretanto, o Novo quer a suspensão de quaisquer pagamentos a magistrados de todo o país a título de adicional por tempo de serviço, especialmente quanto ao montante retroativo, até que o Supremo Tribunal Federal pacifique a questão ou sobrevenha ato normativo específico autorizando o pagamento, tal como a PEC nº 10/2023 em trâmite no Senado Federal.

A PEC 10/2023 pretende alterar a Constituição Federal para instituir a parcela mensal de valorização por tempo de exercício dos magistrados e membros do Ministério Público e se encontra em tramite no Senado Federal. 

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