Não há como exigir o pagamento de honorários se for reconhecida a prescrição intercorrente do processo, em que se perde o direito de requerer algo pela ausência de ação durante um tempo. Com esse entendimento, a juíza Vilma Tomaz Lourenço Ferreira Zanini, da 4ª Vara Cível de Itapetininga (SP), extinguiu uma ação de execução de honorários de sucumbência movida por um banco e seus advogados contra uma mulher.
O banco ajuizou uma ação de busca e apreensão de um carro contra a mulher em 2004, que foi arquivada em 2006, sem a execução da dívida. Em 2013, representado por outro escritório, o banco pediu o desarquivamento do processo. O pedido incluía o pagamento dos honorários. Em 2017, o processo foi arquivado novamente.
Em 2023, a instituição financeira voltou a pedir o desarquivamento, o que aconteceu efetivamente em 2024. Dessa vez, a ré alegou a ilegitimidade do banco e de seu novo escritório em cobrar, por ser a verba de sucumbência exclusiva do advogado que atuou na primeira fase.
O escritório que atuou em 2004 foi intimado, então, para dar andamento à ação. A juíza analisou que as petições juntadas em todas as etapas não causaram movimentação relevante ou útil ao processo. Ela também considerou que o banco se manifestou após o decurso do prazo, que se deu em 2012.
Processo 0009398-04.2004.8.26.0269
Com informações do Conjur