O Instituto Nacional do Seguro Social está se servindo cada vez mais do uso da Inteligência Artificial para a análise de concessões de pedidos de benefícios sociais. Ocorre que, o procedimento, embora reflita agilidade no sistema, é alvo de críticas, face a apresentação, segundo especialistas, de algumas distorções, mormente para aqueles que têm seus pedidos desatendidos.
As críticas se inferem diretamente sobre os riscos de que o sistema virtual acabe por impedir a análise de algumas especificidades, que são próprias do modelo da gestão administrativa da previdência. Há casos, por exemplo, de um frentista, que pediu aposentadoria por tempo de contribuição, com direito à conversão de tempo especial em tempo comum. O pedido foi veloz e negativo por falta de dados que não tiveram a oportunidade de serem convertidos em diligência.
Então, na hora que se requerer a aposentadoria importa a tomada de alguns cuidados, como o de informar dados precisos e corretos, para que o sistema virtual não recuse, de plano, um requerimento do qual haja resultados negativos e indevidos.
Há críticas no sentido de que o sistema virtual impede uma análise detalhada de documentos, com falta de abertura de prazos para diligências que são próprias desse sistema. Servidores do INSS também rebatem o novo formato e afirmam que o sistema de inteligência artificial não tem o mesmo padrão de segurança daquele que é disposto por um técnico, por exemplo, que possa se debruçar sobre a matéria e dela extrair detalhes relevantes. A tendência é que o Judiciário passe a enfrentar temas decorrentes desses indeferimentos.