O Ministro Alexandre de Moraes, do STF, centraliza sob seu comando o inquérito que apura a existência de uma organização criminosa formada com o financiamento de milícias digitais que atentam contra o livre exercício das instituições democráticas e haverá desdobramentos deste inquérito com novos reflexos jurídicos.
Há nesse inquérito, inclusive, contra o atual presidente, a centralização de vários seguimentos dessas investigações. Nas últimas reclamações oficiais de Bolsonaro contra o TSE- no tema inserção de propaganda em rádios do Nordeste, sobre fraude nessas inserções de propaganda, Moraes, inclusive, determinou que a representação da campanha bolsonarista fosse juntada, em cópias, no inquérito que apura a desinformação praticada pelas milícias digitais, além de fatos conexos. Moraes entendeu que a iniciativa foi usada como uma forma de tumultuar o segundo turno das eleições.
Hoje, manifestações extremistas e consideradas antidemocráticas e que questionam o resultado das eleições pedindo golpe militar estão na mira de Alexandre de Moraes, que vê nesse ângulo, uma campanha constante de disseminação de afirmações falsas que ainda persistem mesmo após o término do processo eleitoral.
Vários eventos, todos relacionados a esse processo eleitoral estão sendo minunciosamente coletados e armazenadas em informações sigilosas e encaminhados ao Inquérito das Milícias digitais que hoje é presidido pelo Delegado Federal Fábio Shor. Live com ataques às urnas e outros atos considerados antidemocráticos, tudo poderá ser convertido como eventos decorrentes de uma organização criminosa especializada em ataques às instituições democráticas, envolvendo a disseminação de notícias falsas e a desinformação.
A mais recente das decisões de Moraes, após as eleições, foi a determinar o bloqueio da conta no Twitter do economista Marcos Cintra, candidato a vice de Soraya Thronicke, do União Brasil, nestas eleições, por espalhar desinformação sobre urnas eletrônicas. A rede social já atendeu à determinação.