O Ministério Púbico Federal moveu ação civil pública contra a Funai, indicando ser demorada e excessiva a vinda de providências pelo órgão federal para o sepultamento do ‘índio do buraco’, como restou conhecido o indígena encontrado morto em Rondônia, da tribo do Tanaru. O indígena teve seu corpo encontrado pela polícia em agosto deste ano e se encontra, segundo o Ministério Público, apodrecendo na sede da Delegacia da Polícia Federal de Vilhena, Rondônia.
O indígena ficou conhecido como ‘índio do buraco’ porque viveu durante anos sozinho no meio da Floresta Amazônica e ficava cavando buracos na terra, onde há grandes interesses de fazendeiros da agropecuária. Nesta área, há povos que optaram por se isolar da civilização. Após ser encontrado morto, o corpo do índio foi submetido à pericia, em Brasília e retornou a Rondônia, mas não foi enterrado. A Funai alega que ainda há outros procedimentos a realizar, mas não os justifica, o que levou o Ministério Público a mover a ação civil pública contra o órgão.
Para o Ministério Público Federal houve tempo excessivamente longo, e, apesar de o corpo ter retornado de Brasília, onde os exames foram feitos, para Vilhena, a Fundai impede esse sepultamento. O prazo dado pelo juiz federal para que a Funai justificasse a omissão, terminou ontem, na sexta feira.