A Polícia Federal tem 10 dias para ouvir Jair Messias Bolsonaro, sob a determinação de Alexandre de Moraes e a pedido da Procuradoria Geral da República. A suspeita foi levantada pela PGR sobre uma possível atuação do ex-presidente correlacionada aos atos de 8 de janeiro. A PGR visa robustecer seu convencimento acerca de condutas intelectuais ou de participação, sob qualquer modalidade no vandalismo que atentou contra o Estado Democrático de Direito. E qual o motivo?
No dia 10 de janeiro deste ano, dois dias depois dos ataques em Brasília, o ex-presidente compartilhou em seu perfil no Facebook um vídeo que diz, sem provas, que Luiz Inácio Lula da Silva não foi eleito. Para Bolsonaro, Lula teria sido escolhido por ministros do STF e TSE. Segundo a PGR há a necessidade, ante o que se denominou de conexão global, de ser apurada as condutas do ex-presidente, praticadas antes e depois dos atos de depredação em Brasília, em inquérito que tem ampla extensão, o de nº 4921. Há indícios, segundo os procuradores, de que Bolsonaro tenha praticado o delito de incitação ao crime.