Como firmou Alexandre de Moraes, não haverá apaziguamento por parte do Supremo Tribunal Federal, ou seja, sem anistia com a prática de atos antidemocráticos, em decisão referendada pela maioria dos Ministros, à exceção de André Mendonça e Kássio Nunes. Ibaneis diz que respeita a posição do Supremo e que ‘recebe com serenidade e respeito a decisão do STF’, aguardando que toda apuração chegue o mais rápido possível ao seu final para que assim a verdade seja restabelecida’.
Moraes, ao afastar Ibaneis, fez uma comparação entre o bolsonarismo e o nazismo. “A democracia brasileira não irá mais suportar a ignóbil política do apaziguamento, cuja fracasso foi amplamente demonstrado na tentativa de acordo do então primeiro ministro inglês Neville Chamberlain com Adolf Hitler”. Moraes fez um paralelismo dos fatos com a história onde teve destaque o primeiro ministro, em 1939, da Inglaterra.
Na época, Chamberlain defendeu a tese do ‘apaziguamento’ com Hitler. Suas teorias o levaram a Munique. Ali participou de negociação que entregou parte da Tchecoslováquia aos alemães. Em março de 1939, Hitler tomou o resto. Mas a ideia era a de apaziguar com quem merece enfrentamento.
Moraes firmou que o abalo à democracia foi consolidado. Assim, afastou o Governador, sem anistia, em decisão de ofício e sem ser provocado para tanto. A manutenção da democracia não comporta apaziguamento, e até a omissão, ainda que por suspeita de ter sido dolosa, será apurada. Quem age por conivência, dolo, omissão ou até ignorância, será punido.
Ibaneis atenua sua conduta, declina seu respeito à Suprema Corte e diz seguir confiante na Justiça e em Deus. Ibaneis permanecerá afastado por 90 dias, sem anistia.