Homem que matou companheira no Gama é condenado a 24 anos de prisão por feminicídio

Homem que matou companheira no Gama é condenado a 24 anos de prisão por feminicídio

Nessa terça-feira, 21/5, o Tribunal do Júri do Gama condenou Bruno Gomes Mares a 24 anos e dois meses de prisão pelo feminicídio de sua companheira, no dia 30 de junho de 2023, no Setor Leste do Gama/DF. O réu também foi condenado por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e, ainda, deverá pagar indenização por danos morais aos filhos da vítima.

Bruno matou a mulher com disparos de arma de fogo, em contexto de violência doméstica e familiar, na presença da filha dela, de 22 anos, e do filho do casal, de 15 anos, que também estava na casa. Para o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), entendimento seguido pelos jurados, o feminicídio foi praticado por motivo torpe, por meio de recurso que dificultou a defesa da vítima, pois ela não poderia esperar o ataque.

Sendo assim, a Juíza Presidente do Júri considerou as consequências do crime negativas e ponderou que “a vítima deixou um filho adolescente que tinha em comum com o sentenciado e que contava com apenas 15 anos de idade na data do crime, ainda com a personalidade em formação, o que denota o prejuízo emocional com a perda prematura e violenta da mãe, em razão de ato praticado pelo pai”.

Além disso, segundo a magistrada, “a vítima também deixou sua filha, a qual contava 22 anos de idade no dia dos fatos e testemunhou o crime, fato que lhe acarretou grave prejuízo emocional, tendo ela se submetido a tratamento psicológico e psiquiátrico, mantidos até a presente data. Além disso, precisou assumir os cuidados com a criação e educação do irmão ainda menor, assumindo a sua guarda”.

Por fim, a Juíza fixou o regime fechado para o início do cumprimento da pena, manteve a prisão preventiva do réu e não permitiu que ele recorra em liberdade. Por fim, a julgadora fixou indenização por danos morais a favor dos filhos da vítima, em R$ 40 mil, à proporção de 50% para cada um dos descendentes.

Acesse o PJe1 e confira o processo: 0708461-33.2023.8.07.0004

Com informações TJDFT

Leia mais

Juiz condena Apple por prática de “desplugue da legalidade” ao vender iPhone

O caso não trata de vício do produto (art. 26 do CDC), mas de ausência de item essencial à utilização do bem adquirido, definiu...

Dificuldades financeiras causadas pelo Banco ao cliente impõem o dever de indenizar, diz Juiz do Amazonas

O Banco age de forma desonesta ao omitir informações essenciais e relevantes do contrato, como a cobrança de um percentual mínimo nos descontos e...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Bolsonaro nega tentativa de golpe e diz esperar por “ajuda externa”

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro participaram na tarde deste domingo (6) de um ato na avenida Paulista, na região...

O efeito Denorex dos penduricalhos no serviço público: parece legítimo, mas não é

Nos anos 1980, um bordão publicitário caiu na boca do povo e virou jargão nacional: “Denorex: parece remédio, mas...

As questiúnculas do cotidiano e a relevância dos Juizados Especiais

Por vezes, as decisões oriundas dos Juizados Especiais Cíveis podem passar despercebidas no ambiente jurídico mais denso, onde grandes...

OAB solicita providências ao CNJ diante de dificuldades enfrentadas por advogados no acesso ao PJe

A Procuradoria Nacional de Defesa das Prerrogativas do Conselho Federal da OAB encaminhou, na quarta-feira (2/4), ofício ao Conselho...