O bolsonarista George Washington de Oliveira Souza, de 54 anos, preso no dia de ontem pela Polícia Civil de Brasília, prestou depoimento e confessou que a ideia seria a de distribuir armas e munições para os manifestantes que apoiam, frente a quarteis, o presidente Jair Bolsonaro. A acusação atual sobre George é a de planejar um atentado na capital federal. A execução do ato foi possível porque o caminhoneiro percebeu quando a ‘caixa’ foi plantada no caminhão e avisou as autoridades, com investigações deflagradas que culminaram em busca, apreensão e a prisão do suspeito.
George é empresário e natural do Pará, e conforme informações apuradas, ao término do segundo turno das eleições de 2022, decidiu ir para Brasília para integrar o grupo que protesta contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. George teria deixado para trás mulher e filhos, a fim de atingir seus objetivos. No Pará, apurou a Polícia, participou ativamente de manifestos contra Lula.
Pela estrada, o empresário transportou, de Belém a Brasília, armas, munições e artefatos explosivos no interior do veículo que dirigia, uma caminhonete, marcando estadia na capital federal a partir do dia 12 de novembro. Após ficar hospedado em um hotel, George estava, até então, morando alugado em um apartamento, onde ocorreram as buscas.
A Polícia quer saber quantas pessoas estiveram com George e quais são elas, mas firma que essas informações serão prestadas à sociedade em breve, porque as investigações continuam acirradas. No dia de ontem houve o procedimento de remoção da bomba, encontrada em uma caixa. O artefato explosivo foi desativado e está sendo submetido a perícia.