Criado para financiar programas que preservem a floresta e fomentem desenvolvimento sustentável, o Fundo Amazônia poderá ter o número de doadores ampliados por iniciativa do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que iniciou conversas com diferentes governos estrangeiros para atingir esse objetivo. O Governo de Transição tenta aporte da Suíça e consulta Reino Unido sobre doação. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal determinou a reativação do Fundo Amazônia que foi criado para captar recursos e financiar medidas de proteção ao meio ambiente amazônico. Havia sido considerado que o Governo Jair Bolsonaro teria sido omisso em implantar medidas para o desbloqueio de recursos desse Fundo que foram travados na atual gestão federal.
Atualmente, os doadores internacionais do Fundo são a Noruega e Alemanha. A Petrobrás também realizou doações em 2011 e 2018. Ocorre que o Fundo Amazônia foi paralisado durante o governo Bolsonaro, especialmente após a extinção de dois órgãos de governança: o Comitê Orientador e o Comitê Técnico, trazendo, como consequência o congelamento de repasses dos então dois doadores internacionais.
Além dessas mudanças no sistema de governança do Fundo, também contribuiu para o congelamento de doações o grande número de desmatamento registrado na região amazônica nos últimos anos. Segundo pesquisas, o desmatamento na Amazônia na gestão Bolsonaro chegou a números alarmantes. O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia apontou a explosão do desmatamento em terras públicas federais na Amazônia desde o início do governo de Jair Bolsonaro.
A imagem do Brasil e da política ambiental anunciada por Lula logo após sua vitória no segundo turno das eleições, como definida pelo próprio candidato eleito, na adoção de uma política protecionista com a região amazônica, mudou a percepção de governos estrangeiros, que sinalizam com a intenção de auxiliar com investimentos na política ambientalista, o que favorece a atuação de Lula no sentido de ampliar o número de doadores internacionais do Fundo Amazônia.