A Polícia Federal determinou a abertura de inquérito para averiguar se o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, deixou ou não de praticar atos de ofício durante o segundo turno das eleições. Vasques é suspeito de ter cometido prevaricação por ter descumprido ordens de Alexandre de Moraes.
A apuração foi solicitado pelo Ministério Público Federal e tem o objetivo de investigar a conduta de Vasques relativa á atuação da PRF no dia do segundo turno, quando a corporação apertou o cerco contra o transporte público de eleitores, principalmente no Nordeste do país .
Coincidência ou não, as operações sob as ordens de Vasques foram realizadas numa região onde o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, teria e teve ampla margem de votos sobre Jair Bolsonaro. O inquérito também terá como foco o trabalho da PRF contra os bloqueios e interdições de rodovias promovidos por Bolsonaristas após o resultado das urnas.
A prevaricação é definida no código penal como ‘retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal’. Alexandre de Moraes havia determinado à PRF que não realizasse ações com foco no transporte público de eleitores no domingo das eleições. Contrariando a ordem judicial, barreiras foram montadas pela PRF, sob o comando de Vasques e por meio de um ofício que o mesmo expediu no dia 30 de outubro, o dia das eleições.