O Ministro José Francisco Rezek tem feito notórias críticas ao Supremo Tribunal Federal, Órgão do qual é egresso, atualmente ocupando o cargo de juiz da Corte Internacional de Justiça da Organização das Nações Unidas. Rezek já firmou que “o Supremo é, hoje, um arquipélago de onze monocracias”. A crítica foi realizada dentro do contexto de que o Supremo refletia a fratura que divide o provo brasileiro, e que o STF é um arquipélago, com 11 monocracias, nem sempre comunicantes entre si.
O Ex- Ministro já firmou, também, que o STF tem uma parcela de responsabilidade pela crise institucional em curso no país. A afirmação fora feita a revista Crusoé, em entrevista na qual diz que o Supremo, de alguma forma, contribuiu para o cenário de polarização e de ataques ao Poder Judiciário, e mencionou que a instauração do Inquérito das Fake News foi uma ideia “infeliz”.
A mais recente crítica de Rezek foi realizada em palestra, no dia de ontem (14/6), onde o ex-Ministro do STF endossa que “uma das principais queixas dos advogados a respeito da Justiça brasileira, mas especialmente o STF, neste momento, é a de que há um excesso de autoridade convivendo com a escassez de leitura”.
Segundo Rezek, referindo-se aos 11 ministros “Eles não estão lendo nada, nem os memoriais apresentados pela advocacia, muito menos as obras doutrinárias que podem ajudá-los a exercer a sua autoridade, sem arbitrariedade, improvisações e amadorismo”. Rezek fez as observações durante uma palestra no IAB- Instituto dos Advogados Brasileiros, onde escreveu o prefácio da obra “A nova lei de migração e os regimes internacionais”.