No dia de hoje, quinta feira, ocorrerá a reunião da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, com o ministro Ciro Nogueira, da Casa Civil, dando início oficial ao processo de transição. Geraldo Alckmin, o vice de Lula será o coordenador desses trabalhos. As primeiras conversas foram por telefone, mas o primeiro encontro presencial será na sede escolhida, o CCBB-Centro Cultural Banco do Brasil. Convites para participar dessa reunião foram formalizados ao MDB. Nesse passo um forte aliado seria a senadora Simone Tebet, o terceiro lugar no primeiro turno. A equipe também se aproxima do PSD, e pretende alcançar outras siglas, como o PSDB, União Brasil e Cidadania.
No próximo passo, a ideia é, tão logo Lula ‘saia’ do período sabático, que venha a se encontrar com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, do PP/AL, do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD/MG, e, também, com a presidente Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal.
O escopo dessas medidas seria a de mostrar que o governo eleito demonstre, desde logo, a intenção de uma estabilidade institucional. A tarefa de Lula estaria a impor este caminho com a pretensão de transmitir uma mensagem de unificação nacional. Com esse gesto, os petistas querem passar a imagem de respeito aos Poderes Legislativo e Judiciário, que restou demasiadamente quebrado por Jair Bolsonaro nos últimos tempos.
Lula já teria dito a pessoas próximas que não irá interferir na sucessão da Câmara dos Deputados e do Senado. Se transmite a ideia de que todas as vezes que o Executivo se imiscui nesse tema só resultados negativos sobrevêm. Relembre-se que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi uma das primeiras autoridades a reconhecer a vitória de Lula.