Entenda por que Portugal rompeu a reciprocidade com a OAB presidida por Simonetti

Entenda por que Portugal rompeu a reciprocidade com a OAB presidida por Simonetti

Por mais que Beto Simonetti, o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, tenha sido categórico em demonstrar o repúdio da OAB para com a correspondente portuguesa- a OAP- é praticamente impossível que Portugal reexame a decisão tomada de romper com o acordo de reciprocidade para advogados brasileiros. 

O rompimento foi unilateral e pôs fim ao acordo de reciprocidade que facilitava a brasileiros o exercício da advocacia no país europeu. Desde o dia 05/07 não serão permitidas, em Portugal, novas solicitações de inscrições de advogados brasileiros. O motivo: “diferença notória na prática jurídica em Portugal e no Brasil”. 

Uma justificativa seca, sem maiores fundamentos, à não ser um pequeno complemento, também nada respeitoso, de que houve “sérios problemas de adaptação de profissionais brasileiros”. Simples assim.

Desde o dia 05/07, ‘pois’ não mais vigora o tratado que havia sido celebrado no ano de 2015 entre a OAB e a OAP, a Ordem dos Advogados, do Brasil e a de Portugal. Os portugueses deixam de admitir que há bases comuns entre o direito brasileiro e o direito luso-europeu. 

Se houve uma matriz, isso ficou no passado, bradam os portugueses, eis que de então as diferenças entre os direitos são profundas, e assim foi enterrado unilateralmente o tratado entre as duas Ordens e por iniciativa portuguesa. Simonetti prometeu tomar medidas e abomina o uso, pelo lado de Portugal, de uma mentalidade colonial. 

Há cerca de 1700 profissionais, todos advogados brasileiros, inscritos na OAB portuguesa. Mas, quanto a estes, não haverá impedimento de continuarem trabalhando. Esclareça-se que, segundo a ótica portuguesa, apenas novos pedidos de inscrição não serão aceitos. Segundo a OAB portuguesa, pedidos de inscrições anteriores à data em que o tratado foi denunciado ainda serão aceitos. 

 

Leia mais

Operadora derruba aparência de verdade em fraude acusada por cliente e prova existência de contrato

Não é crível, por transbordar da aparência da verdade, que alguém tenha sido vítima de fraude por parte de um terceiro, que adquire o...

MPAM investiga reajuste injustificado no preço da gasolina em Manaus

O recente aumento no preço da gasolina em Manaus motivou o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio da 81ª Promotoria de...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Operadora derruba aparência de verdade em fraude acusada por cliente e prova existência de contrato

Não é crível, por transbordar da aparência da verdade, que alguém tenha sido vítima de fraude por parte de...

Escola é condenada por falha no dever de guarda e vigilância de aluna

A Escola Maple Bear Brasília LTDA foi condenada a indenizar a mãe de uma criança que saiu da escola com...

Sentença mantém justa causa de empregado que entregou atestado médico e foi para parque aquático

Dependendo da gravidade da conduta do empregado, justifica-se a rescisão contratual por justa causa sem a necessidade de aplicação...

Trabalhadora será indenizada após sofrer assédio sexual em siderúrgica em Itabirito

O assédio sexual cometido no ambiente trabalho é, infelizmente, um tema recorrente nos processos julgados pela Justiça do Trabalho...