A segunda sessão do julgamento das ações de cassação do senador Sergio Moro no TRE-PR terminou em empate. O desembargador José Rodrigo Sade votou a favor da cassação, mas concordou com o relator sobre a falta de corrupção. O julgamento foi suspenso e será retomado na próxima segunda-feira após pedido de vista da desembargadora Claudia Cristofani. Entenda, à seguir as principais diferenças entre os dois juízes do TRE/PR sobre suas posições acerca da ação que pede a cassação de Moro.
Os desembargadores Falavinha e Sade apresentam perspectivas divergentes sobre o caso de Sergio Moro e seus gastos durante a campanha eleitoral. Falavinha argumenta que não há provas de que Moro planejava concorrer ao Senado pelo Paraná desde o início, destacando a falta de dados concretos sobre seus gastos. Por outro lado, Sade alega abuso de recursos, apontando que Moro investiu significativamente mais do que os demais candidatos, mesmo que sua intenção inicial não fosse essa.
Os argumentos divergentes entre o relator e o magistrado Sade em relação aos gastos da pré-campanha de Moro se concentram na interpretação dos mesmos fatos. O relator argumenta que, devido à ausência de legislação específica para a pré-campanha e à falta de comparação com os gastos dos demais candidatos, não há evidências de abuso de poder econômico que tenha influenciado significativamente a disputa eleitoral.
Por outro lado, Sade considera que os gastos excessivos de Moro na pré-campanha provocaram um desequilíbrio na competição, especialmente dado o pequeno diferencial de votos entre os principais concorrentes, indicando uma potencial interferência no resultado eleitoral.