Em São Paulo, rés são condenadas por induzirem idoso a realizar empréstimos de R$ 172 mil

Em São Paulo, rés são condenadas por induzirem idoso a realizar empréstimos de R$ 172 mil

O Tribunal de Justiça de São Paulo, por sua 3ª Vara Criminal de Presidente Prudente condenou duas mulheres por enganarem idoso e o induzirem a emprestar mais de R$ 172 mil reais, sem pretensão de pagar a quantia. A pena privativa de liberdade foi substituída por restritiva de direitos consistentes na prestação de serviços à comunidade, por mais de 1,3 mil horas cada uma, e prestação pecuniária à vítima, no valor equivalente a 10 salários mínimos. Além disso, as rés deverão ressarcir o homem no valor da quantia emprestada.

De acordo com os autos, uma das rés contatou a vítima por meio de rede social afirmando ser filha de um parente e dizendo cursar medicina. Em meio às conversas, a acusada enviava fotografias e vídeos com conotação sexual e dizia que iria à Presidente Prudente encontrar o homem. Ao mesmo tempo, pedia dinheiro emprestado por diferentes motivos – para pagar dívidas estudantis, comprar um vestido de formatura, consertar um carro quebrado e etc. Durante cerca de um ano, a vítima realizou mais de 60 depósitos, totalizando R$ 172.780, para a conta da corré e de outras duas pessoas. Para satisfazer os pedidos da “namorada”, o homem obteve empréstimos e endividou-se, motivo pelo qual as filhas comunicaram o fato à polícia.

“Ao solicitar valores a título de empréstimo, a ré fraudulentamente, simulou disposição para devolver o montante ao homem. Por meio desse estratagema, induziu a vítima a erro, consistente na falsa percepção de que receberia as quantias de volta. Não bastassem as simulações de que exercia profissão diversa e de que pretendia devolver os valores, ela ludibriou a vítima, declarando falsamente interesse sexual e afetivo”, apontou a juíza Sizara Corral de Arêa Leão Muniz Andrade na sentença.

Sobre a segunda ré, a magistrada destacou que quase a totalidade dos depósitos realizados pelo idoso foram destinados à conta dela. “Ao permitir que a acusada utilizasse sua bancária por tanto tempo, é evidente que conhecia o modo de atuação da corré e conscientemente concorria para os crimes por ela praticados.”

Cabe recurso da decisão.

 

Fonte: Asscom TJSP

Leia mais

Promoção de servidor por via judicial depende de vagas no momento em que ajuíza a ação

Se um servidor ajuíza uma ação em busca de promoção, mas não há vagas disponíveis no momento do ajuizamento, a demanda poderá ser considerada...

Dívida prescrita em plataforma de negociação não ofende a moral do consumidor, diz Juíza

Decisão da Juíza Lídia de Abreu Carvalho, em sentença proferida, julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais feito por um consumidor contra...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Promoção de servidor por via judicial depende de vagas no momento em que ajuíza a ação

Se um servidor ajuíza uma ação em busca de promoção, mas não há vagas disponíveis no momento do ajuizamento,...

Dívida prescrita em plataforma de negociação não ofende a moral do consumidor, diz Juíza

Decisão da Juíza Lídia de Abreu Carvalho, em sentença proferida, julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais...

Quatro magistrados se inscrevem para concorrer aos cargos diretivos do TJAM

Quatro magistrados se inscreveram para disputar a eleição aos cargos diretivos do Tribunal de Justiça do Amazonas, visando ao...

AGU dá parecer contra escolas cívico-militares do RS

A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou nesta terça-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer pela inconstitucionalidade da lei...