O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi incentivado pelo seu próprio partido a não permitir, logo no início do seu governo, o retorno de cobranças de tributos federais sobre os combustíveis. A volta desses impostos, a incidir sobre os combustíveis traria, inevitavelmente, um aumento sobre os preços de produtos básicos, com ameaças de greves e bloqueios de estradas por caminhoneiros. Jair Bolsonaro, antes de viajar aos Estados Unidos disse que esse aumento viria porque Lula iria permitir, com a não renovação da desoneração. Como resposta a essa atitude de Bolsonaro, veio o efeito. No dia de ontem, Lula assinou o decreto que renova a suspensão de pagamento, pelo consumidor, de tributos federais sobre combustíveis, por mais 60 dias.
O prazo para a desoneração dos tributos federais sobre os combustíveis se encerrou no dia 31 de dezembro. Sobre esses produtos incidem a cobrança de PIS e Cofins. Antes de 31 de dezembro então governo Jair Bolsonaro, por meio de Paulo Guedes, ensaiou uma reedição da medida de desoneração. Mas Haddad, o Ministro indicado de Lula pediu que que se refletisse mais sobre o tema, pois pretenderia analisar com mais vagar a desoneração.
Temendo a impopularidade, logo no início do seu Governo, Lula e o PT concluíram que o retorno dessas cobranças deva ser evitado, por ao menos 60 dias. O pedido de Haddad foi feito a Guedes por telefone, que o levou a Bolsonaro. Bolsonaro atendeu, mas logo em seguida não se conteve e declarou publicamente, pelas redes sociais, que viria o aumento, e a culpa seria do novo governo. O decreto que prorroga a desoneração aliviará o bolso dos consumidores por mais 60 dias.