Com poderes de decisão muito mais incisivos e fortes do que em relação a períodos anteriores, o Tribunal Superior Eleitoral, sob o comando do Ministro Alexandre de Moraes tomou, em 2022, decisões que, sob o fundamento de manter a lei e a ordem dentro de uma eleição acirrada entre dois presidenciáveis em embate, manteve sob segredo de justiça a maioria dos dados que envolveram as ações tomadas. Esses dados, até então não foram revelados. Posts, perfis, contas e grupos foram bloqueados e removidos pelo TSE, sem que a Corte tenha revelado, até então, maiores informações sobre essa matéria.
O Jornal Folha de São Paulo noticia em reportagem especial que fez um pedido de informações desse conteúdo ao TSE sob o fundamento da Lei Geral de Dados pois o órgão não tomou a iniciativa de explicar porque não forneceu os dados gerais sobre como se deu a aplicação da resolução que, a dez dias do segundo turno, ampliou os poderes da corte para remover e bloquear conteúdo online. O TSE explicou que, até então, processos sobre esse tema ainda permanecem em segredo de justiça.
No ano passado o TSE, adotou, de ofício, procedmentos que lhe permitiram remover conteúdos inverídicos ou gravemente descontextualizados que atingiram a integridade do processo eleitoral , isso com a dispensa de pedido de terceiro, como a de um candidato ou do Ministério Público Eleitoral.
A Folha pretendeu a obtenção de dados acerca da real aplicação de resolução que amplicou os Poderes do Órgão Eleitoral. porque, dentre outras circunstâncias relevantes, sem esclarecimentos, não se soube se as contas e perfis suspensos pelo TSE foram reativados, ou continuam suspensos até hoje e se encontram ainda sob sigilo e porquê, ou qual a necessidade desse sigilo se de há muito tempo o processo eleitoral foi consumado. Num Estado Democrático, como estabelecido na Constituição Federal, todos devam ter direito à essas informações.