O Presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, não hesitou em esconder que guarda mágoa de Sérgio Moro e prosseguirá com a ação que visa deixar o ex-juiz inelegível ao fundamento de abuso de poder econômico na eleição. A referência de Costa Neto a Moro corresponde ao fato de que, quando juiz federal, Moro aceitou ser convocado por Weber para auxiliá-la no Supremo Tribunal Federal, ocasião em que o parlamentar terminou preso.
Sérgio Moro, a seu turno não encara bem a hipótese que enfrenta na ação movida pelo Partido Liberal. A mulher do senador eleito, Rosângela Moro, embora tenha se consagrado nas urnas com mais de 217 mil votos por São Paulo, pode ter que devolver cerca de R$ 2 milhões aos cofres públicos por irregularidades, sob as mesmas acusações que o PL lançou contra o marido. As contas de Rosângela foram desaprovadas pelo TRE/SP.
Costa Neto firmou, até agora, que não recuará na ação movida contra Sérgio Moro que é alvo do diretório do PL no Paraná. Não se detalhou, até então, os fundamentos da AIJE- Ação de Investigação Judicial Eleitoral movida contra Moro, pois estão sob sigilo, mas o tema não é imune ao questionamento de irregularidades de gastos na campanha.
Entre as mágoas justificadas por Costa Neto, pode-se relembrar que Moro foi eleito com 33,82% dos votos, em uma disputa apertada com o segundo colocado, também para o senado, o deputado federal Paulo Martins, do PL, que alcançou 29,12% dos votos. Nítido que o PL queira ficar com a vaga de Moro.