O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na sexta-feira (5), a suspensão imediata da comercialização, venda e distribuição de produtos contendo polimetilmetacrilato (PMMA). Este pedido ocorreu após a morte da influenciadora Aline Ferreira, que sofreu complicações após a aplicação de 30 ml de PMMA em cada glúteo, em 23 de junho, em Goiânia.
O Cremesp destacou a alta periculosidade do PMMA, classificado como de risco máximo (classe IV), e estipulou um prazo de 48 horas para que a Anvisa cumpra a solicitação, sob pena de encaminhamento ao Poder Judiciário.
A notificação ressalta que o uso de PMMA não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Utilizado em procedimentos estéticos para aumento de volume corporal e facial, o PMMA é um gel plástico não reabsorvível pelo organismo, cuja remoção completa é praticamente impossível, mesmo cirurgicamente.
O pedido veio após a morte da influenciadora digital e modelo fotográfica Aline Maria Ferreira da Silva, de 33 anos, na última semana. Aline morreu após a realização de aplicações, na região dos glúteos, de PMMA, ou polimetilmetacrilato, substância muito usada para preenchimentos, mas fortemente desaconselhada para procedimentos estéticos.