Condenado a 24 anos homem que assassinou mulher na frente dos filhos

Condenado a 24 anos homem que assassinou mulher na frente dos filhos

A Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri do Gama obteve a condenação de Bruno Gomes Mares a 24 anos e 2 meses de reclusão em regime fechado pelo feminicídio qualificado contra Patrícia Pereira de Sousa e por porte ilegal de arma de fogo.

O Tribunal do Júri aceitou as qualificadoras propostas pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) de crime praticado contra a mulher em razão de condição do sexo feminino (feminicídio), por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e na presença dos filhos da mulher.

“A vítima, uma enfermeira, que tanto auxiliou a nossa comunidade durante a pandemia, a ela sobreviveu, mas não a essa epidemia que chamamos de feminicídio”, lamentou o promotor de Justiça Daniel Bernoulli.

Entenda o caso

Bruno e Patrícia mantiveram relação conjugal por aproximadamente 18 anos, marcada por episódios de violência física e psicológica contra a vítima, que ele acusava constantemente de manter relacionamentos extraconjugais.

No dia 30 de junho de 2023, por volta das 19h30, na Quadra 2, Setor Leste do Gama, o réu chegou em casa e iniciou mais uma discussão com a vítima, novamente a acusando de infidelidade.Durante a discussão, o denunciado empurrou a vítima, armou-se com uma pistola que trazia consigo e, sem que ela pudesse esperar, efetuou disparos contra Patrícia, matando-a.

Após matar a vítima, o denunciado fugiu do local. O crime foi praticado na presença da filha da vítima, que filmou toda a ação, e do filho do casal.

O feminicídio foi praticado por motivo torpe, pois o denunciado agiu impelido por sentimento de posse em relação à vítima. O criminoso valeu-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que, durante uma discussão, a empurrou e, de forma súbita, efetuou os disparos, em situação na qual a vítima não poderia esperar pelo ataque.

O crime foi praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino, em contexto de violência doméstica e familiar, pois o denunciado mantinha relacionamento afetivo com a vítima.

Além do assassinato, Bruno também praticou porte ilegal de arma de fogo. Desde o dia do assassinato até o dia 3 de julho de 2023, quando foi preso, portou, de forma ilegal, em via pública, arma de fogo calibre 9 mm e 11 munições de uso permitido. Ele detinha licença de caçador, atirador e colecionador (CAC).

PJE nº 0708461-33.2023.8.07.0004

Com informações do MPDFT

Leia mais

Amazonas Energia falta com clareza em recurso e indenizará consumidor em R$ 260 mil

O princípio da dialeticidade, elemento essencial do sistema recursal brasileiro, exige que o recorrente apresente argumentação clara e específica acerca dos pontos que pretende...

Recurso sem fundamentos claros não justifica reforma de sentença pelo Tribunal

No âmbito do sistema judiciário brasileiro, o princípio da dialeticidade desempenha papel fundamental para assegurar a legitimidade e a efetividade do duplo grau de...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Quebra violenta de vidro de carro configura crime de roubo, decide TJSP

A 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou homem pelo crime de roubo....

STF rejeita pedido para que governo esclareça monitoramento do Pix

O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, no exercício da Presidência, rejeitou a tramitação de um...

Consumidora que teve conta em rede social invadida deve ser indenizada

A Juíza da 3ª Vara Cível de Brasília condenou o Facebook Serviços Online do Brasil a indenizar uma consumidora...

Justiça mantém prisão de autuado por tentar matar companheira e filhos

Nesta quarta-feira, 15/1, o Juiz Substituto do Núcleo de Audiências de Custódia (NAC) converteu em preventiva a prisão em...