O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e outras 11 associações e instituições relacionadas ao jornalismo profissional lançam, na próxima terça-feira (6), na sede do Tribunal, uma campanha para colaborar com o combate à desinformação durante o período eleitoral. Com o lema “Jornalismo é confiável, fala nossa língua, protege da desinformação e fortalece a democracia”, a campanha usa a linguagem regional para engajar as eleitoras e os eleitores.
No mesmo dia, serão lançados dois playbooks desenvolvidos pela Aner e pela Secretaria de Comunicação do TSE (Secom/TSE) com informações sobre a instituição e o processo eleitoral. Um deles tem como público-alvo as eleitoras e os eleitores, enquanto o outro é destinado aos jornalistas.
A campanha contra as mentiras nas eleições nasceu de um encontro de Regina Bucco com a ministra Cármen Lúcia, no Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, a ministra convidou a Aner a preparar uma campanha com foco no processo eleitoral. Em um esforço coletivo, os profissionais das associações e das instituições criaram as frases, votaram nas de maior impacto e desenharam as artes, que foram pessoalmente aprovadas pela ministra.
“Não há democracia forte sem Judiciário independente e sem imprensa livre. A liberdade humana constrói-se democraticamente, na modernidade, com a cidadania presente em eleições nas quais é escolhido aquele que representa cada e todos os cidadãos em processo lícito, transparente e seguro. Para garantir a liberdade, há juízes assegurando a licitude e a lisura do pleito eleitoral e o direito dos eleitores e dos candidatos. E há jornalistas responsabilizando-se pela veracidade de fatos e atos sobre os quais incidem as escolhas cívicas”, destaca a ministra Cármen Lúcia.
O trabalho foi desenvolvido pelos jornalistas e por suas equipes, que sugeriram frases de impacto utilizando a linguagem local de cada uma das regiões do país. Usando o tom da descontração, a campanha mescla o alerta sobre o perigo das mentiras em meio digital e analógico e estimula a checagem das informações antes do compartilhamento das mensagens.
“Bah! Mentira é chinelagem!”
“Oxe! Mentira é de lascar!” e “Compartilhe apenas papo reto” são algumas das frases que vão povoar as redes sociais, os jornais e as revistas que aderirem ao movimento. A iniciativa é vista pela diretora-executiva da Aner, Regina Bucco, como urgente.
“O jornalismo profissional, que se vale do princípio do contraditório, que ouve as partes envolvidas e checa as informações, é o único remédio para combater a mentira”, afirma. “Para a Aner, participar desse movimento ao lado de todas as associações e instituições parceiras e com o apoio do TSE é um momento histórico, necessário e urgente, por conta das eleições que estão chegando”, diz.