A Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal, por meio de relatório, que não tem conseguido realizar operações de proteção a terras indígenas determinadas pela Corte por falta de apoio do governo. A Federal registrou que ocorreram ‘limitações de ordem logística e financeira’, no combate a crimes ambientais em sete reservas invadidas por garimpeiros, por não ter contado com o amparo que foi pedido ao Ministério da Defesa. O documento é analisado no STF e teria sido encaminhado à Corte no final de outubro.
Em 2020 o Supremo Tribunal Federal tomou decisões que culminavam em providências a serem tomadas para a garantia da inviolabilidade de reservas e a segurança dos povos indígenas, em resposta a uma ação proposta pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e seis partidos políticos, o PSB, REDE, PSOL, PT,PDT e PC do B. Na ação se indicava omissões da administração federal em adotar providências que permitissem a defesa das terras indígenas.
Em um Relatório de 57 páginas, encaminhado ao Supremo, a Federal informou que não foi possível concluir a programação de contenção de invasores nas terras indígenas indicadas como prioritárias pelo STF no combate a crimes ambientais por falta de apoio do governo, o que envolveria ordens diretas de Bolsonaro para cumprimento em matéria afetas às Forças Armadas.