Enquanto o Governo criou uma Procuradoria especial para combater notícias falsas, a Advocacia Geral da União, órgão ao qual a Procuradoria de Defesa da Democracia se vincula, se queda silente acerca de provocações sobre ser fake news o fato de que o Governo Lula divulga que Dilma Roussef foi vítima de um golpe, referindo-se ao impeachment que a ex-presidente sofreu em 2016.
A AGU foi provocada sobre a questão por mais de uma vez. O deputado federal Kim Kataguiri, do União Brasil pediu a abertura de um procedimento judicial contra o presidente Lula por causa das declarações de que houve um golpe de Estado em 2016. Kim firmou que ‘o presidente da República está deliberadamente propagando desinformações a respeito de um fato histórico’.
Noutro giro, em São Paulo, o Jornal o Estadão também provocou o órgão, e, como resposta, o Ministro-Chefe da AGU, Jorge Messias, informou ao noticiário que o órgão ainda não está ativo.
O que se questiona junto a AGU e sua Procuradoria que combate a desinformação é que Dilma Roussef não sofreu nenhum golpe político, como o governo dissemina. Golpe é a destituição de um chefe de Estado em afronta ao ordenamento jurídico. Não foi o que ocorreu com Dilma.
O impeachment de Dilma Roussef teve como amparo a própria Constituição Federal, inclusive, com a atuação de um ministro do Supremo Tribunal Federal. O Congresso referendou o rito do impeachment em várias etapas. Ricardo Lewandowski, esteve no comando das questões jurídicas, como determina a Lei Maior.