CNJ quer explicações sobre normas do STJ que proíbem uso de cropped e minissaia na Corte

CNJ quer explicações sobre normas do STJ que proíbem uso de cropped e minissaia na Corte

O Corregedor Nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou nesta semana  a instauração de pedido de providências para esclarecer quais foram os critérios usados para a elaboração da Instrução Normativa 6/2024, do Superior Tribunal de Justiça.

A norma, publicada em fevereiro, dispõe sobre as vestimentas do corpo funcional, grupo de estudantes, público em geral e visitantes para acesso às dependências daquela corte. E proíbe alguns tipos de roupa, especificamente para o público feminino. A Presidência do STJ tem prazo de cinco dias para manifestação.

Ao justificar a decisão, o ministro Salomão citou resoluções do Conselho Nacional de Justiça relativas à igualdade de gênero, tratamento adequado, igualitário e paritário e discriminação contra a mulher. “A partir da análise da norma, verifica-se possível inobservância a tais normativos e diretrizes em seus efeitos, uma vez que especificações alusivas a roupas e outros trajes — como, por exemplo, blusas sem mangas e croppeds — são utilizadas como meio de abordagem e possível constrangimento ligados ao gênero feminino”, argumentou o corregedor.

Além de fazer referência à Resolução 255, de 2018, que instituiu a Política Nacional de Incentivo à Participação Feminina no Poder Judiciário, e à Resolução 525, de 2023, que dispõe sobre ação afirmativa de gênero para acesso das magistradas aos tribunais de segundo grau, Salomão destacou na decisão o objetivo 5 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, que traça como meta o alcance da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas.

“A indicação de expressões demasiadamente abertas e com grau de subjetividade parecem extrapolar o que seria necessário ao poder de polícia, podendo levar a situações de impedimento ao acesso às dependências do tribunal não previstas ou condizentes com os parâmetros normativos ditados pelo CNJ”, escreveu o corregedor. Com informações da assessoria de imprensa do CNJ.

 

 

Leia mais

BR-319: Governo autoriza pavimentação do Lote Charlie, mas trecho central depende do TRF1

Nesta semana, o Governo Federal autorizou as obras de pavimentação do Lote Charlie (Trecho C) da BR-319/AM/RO. Foi emitida uma ordem de serviço para...

Em Rio Preto da Eva, réu é condenado por tentativa de homicídio ocorrida no ano passado

Em sessão de julgamento presidida pelo juiz Saulo Góes Pinto e realizada na quarta-feira (11/09) no Fórum de Justiça de Rio Preto da Eva...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

AGU obtém bloqueio de R$ 34,5 milhões de fazendeiro que desmatou unidade de conservação no Pará

A Advocacia-Geral da União (AGU) obteve, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), o bloqueio de bens no...

PF faz ação contra grupo que propagava fake news eleitorais no RJ

Policiais federais prenderam nesta quinta-feira (12) quatro acusados de integrar uma organização criminosa especializada na propagação de informações e notícias falsas...

STF valida prisão após condenação pelo júri

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (12) validar prisões imediatas de condenados pelo Tribunal do Júri. Com a decisão,...

BR-319: Governo autoriza pavimentação do Lote Charlie, mas trecho central depende do TRF1

Nesta semana, o Governo Federal autorizou as obras de pavimentação do Lote Charlie (Trecho C) da BR-319/AM/RO. Foi emitida...