O corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, pediu ao Supremo Tribunal Federal o compartilhamento das provas da ‘vaza jato’, as mensagens hackeadas entre procuradores. O objetivo é usar o material na inspeção que a Corregedoria está fazendo na 13ª Vara Federal de Curitiba e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A informação foi revelada pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
O material inclui as mensagens, obtidas por hackers, trocadas entre procuradores da chamada operação “lava jato” e o então juiz federal Sergio Moro, hoje senador. Salomão solicitou ainda, segundo a publicação, acesso a uma reclamação relacionada ao advogado Tacla Duran.
O próprio corregedor nacional irá pessoalmente a Curitiba, na próxima sexta-feira (16/6), para colher depoimentos. Toda documentação será usada na correição que fiscaliza a 13ª Vara Federal e o TRF-4.
Em março, ao prestar depoimento ao juiz Eduardo Appio (afastado da 13ª Vara Federal de Curitiba), Tacla Duran afirmou ter sido vítima de um suposto esquema de extorsão envolvendo Moro e mencionou o ex-procurador Deltan Dallagnol.
Em abril, uma decisão do desembargador Marcelo Malucelli restabeleceu uma ordem de prisão preventiva contra Tacla Duran. A medida foi suspensa pelo Supremo. O desembargador é pai do advogado João Eduardo Malucelli, que integra a banca do escritório Wolff & Moro Sociedade de Advogados, do casal Sergio e Rosangela Moro. Posteriormente, o desembargador pediu afastamento de ações ligadas a Tacla Duran.
Malucelli faz parte da 8ª Turma do TRF-4, alvo da inspeção. Além dele, a Turma é formada por Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz e Loraci Flores de Lima.
Na semana passada, de acordo com Bela Megale, envolvidos na correição estiveram na 13ª Vara Federal de Curitiba e no TRF-4, em Porto Alegre. Eles ouviram três desembargadores. Também foram acessados sistemas e movimentações relativas a fases de processos.
Com informações do Conjur