CNJ e CNMP alinham prioridade de casos do Observatório de Causas de Grande Repercussão

CNJ e CNMP alinham prioridade de casos do Observatório de Causas de Grande Repercussão

Focados na solução e celeridade de processos que tratam de causas complexas e que, em geral, atingem muitos brasileiros, a equipe multidisciplinar do Observatório de Causas de Grande Repercussão definiu, nesta quarta-feira (17/5), os níveis de prioridade e ações que serão tomadas nos casos acompanhados pelo grupo.

Para o caso de Brumadinho (MG), especificamente, foi decidido que haverá articulação conjunta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) junto ao recém-criado Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), para apoiar o trabalho das equipes das varas que atuam no processo há mais de quatro anos a fim de trazer celeridade processual. “Precisamos unir esforços para trazer soluções aos casos que acompanhamos, além de apoiar o trabalho das equipes locais, desafogando as varas e agilizando os trâmites”, afirmou o secretário-geral do CNJ, Gabriel Matos.

Composto e coordenado por conselheiros e integrantes do CNJ, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e das entidades parceiras, o Observatório atua em questões de grande complexidade, em geral envolvendo grandes parcelas da população, acordos coletivos e processos custosos que tramitam no Judiciário brasileiro.

Propondo que passe a ser conhecido apenas como Observatório de Causas de Grande Repercussão, e não mais como Observatório Nacional sobre questões Ambientais, Econômicas e Sociais de alta complexidade e grande impacto e repercussão do CNJ e CNMP, os integrantes também definiram em qual nível de prioridade e ação cada um dos oito casos acompanhados pelo grupo se enquadra.

No primeiro nível observado ficaram incluídos os casos da Chacina de Unaí, em Minas Gerais (MG), do incêndio na Boate Kiss, no estado do Rio Grande do Sul (RS), o caso de Autazes, no estado do Amazonas, bem como as ações listadas em determinação oriunda da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 991) sobre direitos dos Povos Indígenas, encaminhada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhamento do CNJ. O caso que envolve o risco de desastre geológico em Maceió, capital do estado de Alagoas, foi desmembrado e, no que tange aos processos ambientais, também será observado neste mesmo nível.

Apenas o caso de homicídio do indigenista Bruno Araújo e do jornalista Dom Phillips ficou categorizado como nível dois, pois envolve um acompanhamento mais próximo, havendo solicitações de informações periódicas às autoridades competentes sobre o caso.

Por fim, no terceiro nível, denominado como de colaboração, ficaram os casos de Mariana (MG); uma parte dos processos que envolve o risco de desastre geológico em Maceió, e o já mencionado caso da barragem da cidade mineira de Brumadinho.

Novo portal

A definição da atuação do Observatório ocorre após a atualização do normativo, permitindo mais clareza em relação às ações que serão tomadas nos casos específicos acompanhados pelo colegiado e compartilhado entre CNJ e CNMP. Ficou decidido no encontro que um novo portal público na internet será consolidado para reunir informações acerca do acompanhamento dos casos, além da data do próximo encontro periódico do grupo para a segunda quinzena de junho.

Representando o CNJ, além do secretário-geral, participaram da reunião o secretário especial, Ricardo Fioreze, os conselheiros Giovanni Olsson e João Paulo Schoucair e, pelo CNMP, o secretário-geral, Carlos Vinicíus Ribeiro, e o conselheiro Otávio Luiz Rodrigues Júnior. Também participaram juízes e promotores auxiliares de ambos os Conselhos, além de representante da Defensoria Pública da União e servidores.

Com informações do CNJ

Leia mais

TJAM realiza primeira sessão ordinária do ano sob presidência do desembargador Airton Gentil

As Câmaras Reunidas do Tribunal de Justiça do Amazonas realizaram nesta quarta-feira (22/01) sua primeira sessão ordinária do ano, sob a presidência do desembargador...

Prefeitura de Iranduba avalia construção de abrigo municipal para idosos

A situação do único abrigo de longa permanência para idosos de Iranduba, a Casa de Sara, pautou uma audiência realizada na manhã desta quarta-feira...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

TJAM realiza primeira sessão ordinária do ano sob presidência do desembargador Airton Gentil

As Câmaras Reunidas do Tribunal de Justiça do Amazonas realizaram nesta quarta-feira (22/01) sua primeira sessão ordinária do ano,...

Condição de saúde preexistente não impede pagamento de seguro de vida

A 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou sentença da Comarca de Carmo do...

Animal na pista: motorista envolvido em acidente deve ser indenizado

A Concessionária das Rodovias Centrais do Brasil S/A foi condenada a indenizar um motorista envolvido em acidente com animal na...

TRF nega cancelamento de CPF de homem por suposta fraude na criação de uma empresa

A 11ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), por unanimidade, negou provimento à apelação de um...