O Ministro da Casa Civil e um dos principais líderes do Centrão, Ciro Nogueira, por meio de mensagens aos senadores, lançou críticas ao Tribunal de Contas da União-TCU que ensaiou um plano B para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva tratar de um crédito extraordinário para pagar o Bolsa Família de R$ 600 a partir de janeiro sem precisar fazer um acordo com o Congresso, especialmente o Centrão, por meio de uma PEC.
Segundo Ciro Nogueira, o TCU não pode tornar o Poder Legislativo um ‘órgão acessório’ ao TCU, pois haveria agressão a Constituição Federal. É o TCU que é órgão auxiliar do Legislativo. O tema acendeu porque o TCU aventou a possiblidade de uma abertura de crédito extraordinário ser discutida por meio dos ministros da Corte de Contas.
Lula corre o risco de se tornar ‘refém’ do Centrão, que Ciro Nogueira comanda, com a PEC que está sendo articulada para manter o Auxílio Brasil ou Bolsa Família, como pretendem denominar o benefício a milhões de brasileiros, a partir de janeiro de 2023, mas cuja folha de pagamento deve ser gerada em dezembro de 2021, pois o pagamento de Bolsonaro não trouxe previsão orçamentária para o ano vindouro.