Brasil é convidado a integrar programa ampliado internacional de vigilância da gonorreia

Brasil é convidado a integrar programa ampliado internacional de vigilância da gonorreia

O Ministério da Saúde participou do Congresso Mundial de Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST e HIV, na cidade de Chicago, EUA. Durante o evento, o corpo técnico da pasta foi convidado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a integrar o programa “Enhanced Gonococcal Antimicrobial Surveillance Programme” (EGASP), traduzido como Programa Ampliado de Vigilância Antimicrobiana Gonocócica.

A oportunidade é um marco para o Brasil no enfrentamento das IST e do HIV, pois permitirá uma colaboração internacional na vigilância e controle dessas infecções, além de possibilitar a troca de conhecimentos e melhores práticas com especialistas de todo o mundo.

Na mesma semana em que o Ministério da Saúde recebeu o convite da OMS, o Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e ISTs da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente lançou o “Relatório de Monitoramento da Sensibilidade do Gonococo aos Antimicrobianos no Brasil”. O documento descreve as ações e resultados da vigilância da sensibilidade da bactéria aos antimicrobianos, realizada no Brasil através do Projeto SenGono – Vigilância Sentinela do Gonococo.

Esses acontecimentos ressaltam a relevância do país no cenário internacional de combate às infecções sexualmente transmissíveis e destacam o comprometimento do Brasil em aprimorar suas estratégias de vigilância e controle para combater a disseminação dessas doenças.

SenGono

O SenGono é resultado de uma parceria entre o Ministério da Saúde, gestões estaduais e municipais, serviços de assistência e laboratórios locais conhecidos como sítios-sentinela, juntamente com o Laboratório de Biologia Molecular, Microbiologia e Sorologia da Universidade Federal de Santa Catarina (LBMMS/UFSC), que é o Laboratório de Referência Nacional para o projeto.

Seus resultados destacam a evolução do perfil das cepas da Neisseria gonorrhoeae ao longo dos anos, enfatizando a importância da constante vigilância da sensibilidade e resistência do gonococo a antimicrobianos como penicilina, tetraciclina, ciprofloxacino, azitromicina, gentamicina, ceftriaxona e cefixima. Atualmente, o projeto está em sua 3ª edição e incluirá o processo de habilitação dos sítios para vigilância sentinela do corrimento uretral masculino no âmbito do SUS, de acordo com a Portaria n.º 1.553, de 17 de junho de 2020.

Segundo Angélica Espinosa Barbosa Miranda, coordenadora-geral da CGIST, o projeto faz parte de um processo contínuo de vigilância nacional das ISTs no Brasil. Ela destaca que a prevenção, vigilância, diagnóstico e tratamento são prioridades fundamentais do Ministério da Saúde na resposta à epidemia de ISTs, que afeta especialmente jovens de raça/cor preta e parda. “A garantia de um cuidado abrangente para essas pessoas está intrinsecamente ligada ao tratamento adequado e à sua eficácia, o que requer ações coordenadas, incluindo parcerias essenciais como o projeto SenGono”, explica.

Programa Global

Desde 1992, a OMS mantém um programa global de vigilância da sensibilidade do gonococo aos antimicrobianos (GASP). O Brasil faz parte deste programa como um dos países membros, através do Projeto SenGono, e, com o convite da OMS, agora integrará a versão ampliada do programa. Na estruturação do SenGono, o Ministério da Saúde assume responsabilidades essenciais, incluindo o suporte financeiro e técnico, a construção e sustentabilidade do projeto, a seleção e visitas de rotina aos sítios-sentinela para monitoramento da iniciativa e a atualização dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de ISTs.

Fonte: Ministério da Saúde

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