Hoje, domingo, é o dia em que os apoiadores do ex-Presidente Jair Bolsonaro o esperam para discurso na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Foi nesse mesmo local onde ocorreu uma manifestação que resultou na declaração de sua inelegibilidade pelo TSE, presidido pelo ministro Alexandre de Moraes.
O TSE entendeu que Bolsonaro cometeu abuso de poder e promoveu campanha em Copacabana, no ano de 2022, usando dinheiro público nas comemorações do Dia da Independência.
A expectativa é de que seja um discurso sem ataques. Entretanto, os aliados, como Silas Malafaia, idealizador do evento, esperam uma mudança de situação desde a última grande mobilização, avaliando-se que agora é o ex-presidente que está pressionando Moraes, principalmente com os últimos desgaste do Ministro no caso Ellon Musk.
Na tentativa de mudar a dinâmica com o ministro, Bolsonaro deve destacar ofícios de Moraes solicitando a remoção de conteúdo das redes sociais, recentemente divulgados, como uma alegada “ameaça à democracia”. A ideia é disseminar que esses atos da Suprema Corte ofendem a liberdade de expressão e o povo.
O ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para este domingo, 21 de abril, às 10h, na praia de Copacabana, prevê a presença de pelo menos três governadores aliados. Entre eles, estão o chefe do Executivo do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e o de São Paulo.
Conquanto Bolsonaro planeje se aproveitar dos últimos fatos, especialmente do apoio internacional da direita no episódio Ellon Musk, por outro lado, a Polícia Federal, em um relatório enviado ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, apontou que o X, anteriormente conhecido como Twitter, está facilitando a “reorganização da Milícia Digital”.
Isso ocorre ao permitir que indivíduos investigados no inquérito das milícias digitais realizem transmissões ao vivo na plataforma, mesmo com suas contas suspensas por ordem judicial.