O ex-presidente Jair Bolsonaro teria recebido de um assessor uma minuta de decreto para convocar novas eleições, que incluía a prisão de adversários. O contexto está em conteúdo de delação premiada, fato que ocorreu logo depois do segundo turno das eleições, em 2022, segundo divulga um site de notícias. O UOL não confirma, no entanto, se Mauro Cid entregou algum documento que prove as informações prestadas à Polícia Federal.
O assessor responsável pela entrega dessa minuta seria Filipe Martins. Segundo o relato de Cid mostrado pela UOL, Bolsonaro submeteu o teor do documento em conversa com militares de alta patente. Cid está sob investigação no inquérito das milícias digitais, caso ele forneça elementos em sua delação premiada que impliquem Bolsonaro, o ex-presidente pode ser envolvido em crimes dos quais podem resultar, inclusive, a prisão do ex-mandatário.
Por meio de relatórios da Polícia Federal, já divulgados, sabe-se que foi encontrado no celular de Mauro Cid uma minuta de um decreto de estado de sítio, além de uma espécie de estudo sobre a viabilidade para a intervenção das Forças Armadas para reverter o resultado das eleições de 2022 e diálogos explícitos sobre um golpe. Para a defesa de Bolsonaro o ex-assessor havia se tornado uma “simples caixa de correspondência” para as “mais diversas lamentações”. No inquérito que apura a autoria intectual dos atos de 8 de janeiro o ex-presidente é formalmente investigado.