Decorrente da Operação ‘Tempus Veritatis’, em trâmite na Polícia Federal, em Brasília, cuja finalidade é a apuração do planejamento e tentativa de um golpe contra as instituições democráticas e o próprio Estado Democrático de Direito, revelado pelos atos do 8 de janeiro, em Brasília, o Inquérito segue com medidas determinadas pelo Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A Polícia mira em Jair Bolsonaro como o principal idealizador articulador da trama golpista. Bolsonaro, intimado para prestar depoimento, terá a oportunidade de relatar sua versão no próximo dia 22, na sede da DPF em Brasília.
Os primeiros dados contra Bolsonaro se iniciaram com a apreensão pela Polícia Federal de uma minuta golpista. A Federal, com as suspeitas, ampliou o seu campo de atuação, que se fortaleceu com a delação formalizada a favor do ex-ordenança do ex-presidente, o Tenente Coronel Mauro Cid. Cid omitiu da Federal apenas a existência do vídeo, onde Bolsonaro surgiu, produzindo provas contra si mesmo.
A Hora da Verdade, ou o ‘Tempus Veritatis’, nome em latim da Operação que visa apurar a trama golpista por meio da tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito mirou, de início, na vedação a Bolsonaro de manter-se livremente com o seu passaporte, sendo obrigado a entregá-lo às autoridades encarregadas da investigação.
Os motivos para esse fim são os mesmos exigidos para a decretação da prisão preventiva: perigo que o réu possa representar a uma futura instrução criminal (fuga do país) e a garantia da ordem pública.
Agora, Bolsonaro foi intimado formalmente para o Inquérito, e deverá comparecer a sede da Polícia Federal, na próxima quinta feira, dia 22, para prestar esclarecimentos acerca dos fatos apurados contra sua pessoa.
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