O Presidente Jair Bolsonaro, do PL ainda se mantém omisso quanto ao reconhecimento das eleições e do presidente eleito. O Ministro Alexandre de Moraes, referendado pelo STF, determinou à PRF que atue para o desbloqueio de estradas ocupadas por caminhoneiros. Incide sobre Bolsonaro informações de que esteja usando a máquina pública para propósitos não republicanos. Fora do mandato, é possível que o presidente responda a investigações por uso da máquina pública, também, na campanha política e pela de rede de fake news ligada a seus aliados. Há um inquérito que apura a atuação de milícias digitais que corre contra Bolsonaro no STF. Essas situações estão sob análise e se cogita o envio de outras ao TSE- Tribunal Superior Eleitoral.
Os opositores do Presidente estudam novas ações que vão desde abuso de poder político pelas operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal, no domingo das eleições até o descumprimento das ordens de Moraes para que essas mesmas operações cessassem.
A campanha do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, viu na ação da PRF uma tentativa de interferir nas urnas, especialmente no Nordeste, onde o petista tem vantagem de votos. Embora essas providências não ensejem cassação de mandato, poderão levar, no futuro, à perda de direitos políticos do atual presidente e torná-lo inelegível.
A atual medida tomada por Moraes e que culmina na determinação de prisão ao Diretor Geral da PRF, quanto ao não cumprimento do desbloqueio de rodovias federais por caminhoneiros veio em atenção a um pedido do Procurador Geral Eleitoral, Paulo Gonet, junto ao TSE. O silêncio de Bolsonaro tem virado sinal verde para mobilização de extremistas no país.