O ex-Presidente da República, Jair Bolsonaro, disse no dia de hoje que o TSE é um Tribunal Político Eleitoral, mas também disse acreditar que há na Corte de Justiça juristas que se apegam à lei e lembrou o nome do Ministro Raul Araújo Filho. A medida seria bem vinda, se referindo a um possível pedido de vista de Raul.
O ex-mandatário justificou que o tempo pode ajudar a clarear mais os fatos. Bolsonaro em muito já atacou a Corte Eleitoral e seus juízes, mas hoje disse acreditar em um julgamento justo e registrou que espera que no julgamento do caso dos embaixadores e da utilização da máquina púbica contra as urnas eletrônicas lhe seja dado o tratamento que, em 2017, foi proporcionado à chapa Dilma/Temmer, com a não admissão de novas provas.
Não mais se referindo expressamente a um julgamento politiqueiro, como antes, o ex-presidente da República, não mais reforçando o tom contra o sistema eleitoral e contra os ministros das Cortes Superiores, relembrou que no ano de 2017, o TSE, no julgamento de um pedido de cassação da chapa Dilma/Temmer, a Corte Eleitoral desconsiderou, por maioria, novas provas apresentadas após a ação ser protocolada. Pontos considerados alheios ao processo foram dispensados.
Contra Bolsonaro, tudo caminha em sentido oposto, mormente com a posição do Relator, Benedito Gonçalves, que determinou a juntada de provas não requeridas pelo PDT, o autor da ação que, se acolhida, resultará na inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos, e traz como consequência o fato de que somente poderá se candidatar a qualquer cargo político somente em 2030, data em que terá 75 anos.
Bolsonaro diz que espera justiça em seu julgamento, com tratamento isonômico frente a lei, especialmente quanto a incidência de precedentes do próprio TSE, novamente se referindo ao caso Dilma de 2017. Não é de interesse de Bolsonaro que o TSE avalie que haja necessidade de cassar seus direitos políticos, o que corresponderia a uma medida jurídica extrema e incabível no caso examinado. O Tribunal pode optar pela multa. afirmou.