De acordo com investigações da Polícia Federal, Francisco Wanderley Luiz, extremista responsável por um ataque com bombas contra o STF em 13 de novembro, planejou o ato por meses e o alvo principal era o Ministro Alexandre de Moraes. Francisco esteve hospedado em um albergue em Ceilândia, periferia do Distrito Federal, desde julho, onde foi visto como cordial e prestativo. Apesar de sua aparente normalidade, suas redes sociais continham ameaças à política, informam os investigadores.
Francisco foi visto em imagens de segurança do STF lançando um explosivo e exibindo artefatos no corpo antes de se deitar no chão e acionar um explosivo na nuca. Ele carregava quatro bombas com parafusos;duas foram lançadas. Dezesseis segundos depois da segunda bomba lançada, Francisco Wanderley Luiz acendeu um outro artefato e se deitou no chão da Praça dos Três Poderes com a cabeça sobre ele. Ele morreu assim que o item explodiu.
Após o atentado, a Esplanada dos Ministérios foi bloqueada, e o PM acionou a operação Petardo para lidar com os explosivos. O GSI reforçou a segurança nas residências oficiais e realizou varreduras na área do Palácio do Planalto. Investigadores examinarão o telefone de Francisco para buscar possíveis novas informações.
Segundo sua ex-mulher, ele tinha como objetivo o principal assassinar o ministro Alexandre de Moraes. A Ex-mulher deu a declaração para agentes de Santa Catarina. Ela e outros familiares de Francisco Wanderley Luiz foram localizados por agentes da PF. Ela disse que o principal alvo era o ministro Alexandre de Moraes e “quem mais estivesse junto”. “Ele falou que mataria ele e se mataria”, disse.
A ex-mulher disse que o autor das explosões em Brasília planejava o ataque desde a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro e fazia buscas no Google para viabilizar o atentado. Ela, no entanto, nega a participação do autor de explosões nos ataques anteriores aos prédios dos Três Poderes.