Os antigos componentes de “forças-tarefas”, que foram apeados de suas posições com o ocaso da “lava jato”, estão tentando demolir o modelo dos Gaecos para que qualquer procurador em qualquer canto do país possa eleger-se promotor natural.
A avaliação é do PGR Augusto Aras, que informou que o órgão de cúpula do MPF recebeu documento assinado por 147 procuradores, que reivindicam a prerrogativa de abrir investigações e inqueritos “a la carte” em qualquer plano.
Em paralelo a esse movimento, Aras também identifica uma “terceira onda” de criminalização da política, a partir da atuação de bolsonaristas na oposição ao atual governo.
A Procuradoria-Geral da República já registra mais de 100 representações contra o governo Lula e seus integrantes (ministros e cargos de confiança). Pela leitura do procurador-geral, Augusto Aras, os bolsonaristas trilham a senda aberta por partidos como Psol e Rede, que ingressaram com grande número de representações contra o governo Bolsonaro.
“O primeiro movimento forte contra a política foi da ‘lava jato’, o segundo foi dos partidos no governo Bolsonaro. Agora, são bolsonaristas que querem minar o governo eleito”, interpreta o PGR.
“O país precisa de um modelo ministerial estável”, afirma Aras. “A instituição não pode ficar à mercê de oportunistas que pregam o mal em nome do bem, sejam antipetistas, antibolsonaristas ou procuradores”, afirmou. Com informações do Conjur