Aliados de Lula defendem e até pressionam que o presidente eleito defina o quanto antes o nome do ministro da Defesa em seu governo. Ministros do STF também assim se posicionaram. A aposta consiste que a antecipação de quem comandará a pasta seria capaz de adiantar o processo de transição na área e conter o que se está denominando de politização dos fardados.
O raciocínio do lado petista é o de que Bolsonaro está usando as Forças Armadas , como por exemplo, antes da divulgação da Nota dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, teria ocorrido uma reunião com o presidente da República. Em referida Nota, veiculada no dia de ontem, os comandantes asseguram se dever respeitar a livre manifestação de pensamento, a liberdade de reunião, pacificamente, e que sejam condenáveis restrições a direitos por agentes públicos.
Os manifestantes pedem um golpe militar em frente a quarteis. Embora não expliquem na Nota o que sejam ‘condenáveis eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos’, há um recado ao Judiciário, que atinge diretamente as decisões do Ministro Alexandre de Moraes em dar tratamento de criminoso a quem é criminoso.
Mas há uma ausência de opção clara do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, além de que essa antecipação não é consenso no PT, o partido do próximo presidente, além de que também se posicionam de que Lula não possa ficar a reboque de notas das Forças Armadas.
Lula também declarou, recentemente, falas que não o aproximam dos militares, e até o distanciam. Lula disse que o papel das Forças Armadas nas urnas eletrônicas foi deplorável e o resultado humilhante. Lula firmou que Bolsonaro usou as Forças Armadas e fez outras insinuações, e isso em nada foi simpático no meio militar.