Um grupo de alunos do Colégio Visconde de Porto Seguro, em São Paulo, inconformados com o resultado das eleições, criou, no último domingo, 31, no WhatsApp o grupo que denominaram de “Fundação Anti Petismo, com total de 30 adolescentes participantes. Eles compartilharam mensagens de ódio contra petistas, negros, nordestinos e mulheres, além de apologias ao nazismo, principalmente com o envio de “stickers” de Adolfo Hitler.
Um dos participantes chegou a defender uma “Fundação Pró Reescravização do Nordeste”, enquanto marcava uma manifestação que aconteceu presencialmente no colégio, dia 31. Ao se indagar com o conteúdo, um dos alunos adicionados no grupo, um garoto negro de 15 anos, se manifestou chamando os integrantes de ‘neonazistas do Porto” e dizendo que denunciaria o grupo. Ele foi confrontado por outro aluno, que disse que não eram neonazistas, mas sim ‘antipetistas’.
O garoto negro reforçou, então, que o compartilhamento de ‘stickers’ de Hitler diz o contrário. Em seguida, ele foi excluído do grupo e recebeu um ataque racista de um dos estudantes em conversa privada. “Espero que você mora fdp negro”, dizia a mensagem.
A mãe do adolescente registrou um boletim de ocorrência contras os alunos do colégio que participaram do grupo, com todos os prints de mensagens, com encaminhamento ao Ministério Público. A mãe, que é advogada, relembrou que racismo é crime, apologia ao nazismo é crime e xenofobia é crime. O caso será investigado.