O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou que o delegado Giniton Lages, que atuou na investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), passe a receber até R$ 12 mil de salário e tenha acesso parcial a aplicações financeiras. A informação é do portal UOL.
O delegado é acusado de atrapalhar as investigações sobre o assassinato de Marielle e do seu motorista Anderson Torres, cometido em 2018.
Com a decisão, Lages terá acesso a parte do seu salário cujo valor integral é R$ 25 mil. Ele está afastado de suas funções, com os bens bloqueados e tendo que se submeter a medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica.
O delegado, representado pelo advogado Alexandre Dumans, contesta os bloqueios financeiros desde março. No recurso que provocou a liberação do pagamento parcial, o defensor sustenta que a limitação tem prejudicado o sustento dos filhos do delegado.
Lages é investigado em dois inquéritos por supostamente ter sido negligente e atuado para sabotar as investigações sobre o assassinato de Marielle. Conforme a PF, o delegado se absteve de solicitar diligências nas primeiras horas após o crime e não pediu que fossem colhidas imagens dos veículos envolvidos no caso. Ele não é acusado de ter qualquer tipo de envolvimento no planejamento ou execução do crime.
Com informações do Conjur