AGU comprova regularidade de multa de R$ 1,2 milhão aplicada por ocupação irregular de ilha no RJ

AGU comprova regularidade de multa de R$ 1,2 milhão aplicada por ocupação irregular de ilha no RJ

A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu manter na Justiça multa ambiental de R$ 1,2 milhão e o embargo de uma pousada por ocupação irregular de uma ilha inteira em Paraty, no Rio de Janeiro. O empreendimento está localizado na Ilha do Breu, interior da Estação Ecológica de Tamoios, unidade de conservação federal de proteção integral.

Em 2009, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou o suposto proprietário por obras irregulares e por manter atividade hoteleira desrespeitando embargo anterior, de 2006. De acordo com a autarquia, ele não é proprietário da ilha e não possui qualquer licenciamento ambiental para explorá-la. Desde 2004, o Ibama vem atuando em infrações cometidas pelo empresário em atividades potencialmente poluidoras, como construção, reforma e ampliação da pousada, locação de leitos e quartos, e funcionamento de bar e restaurante.

Mas o proprietário discordou das punições e ajuizou uma ação na justiça pedindo a anulação da multa e do termo de embargo. Alegou que a ocupação da ilha seria muito antiga, desde 1979, e que teria direito à regularização da atividade. Afirmou ainda que o empreendimento seria “uma pequena pousada ecológica”, incapaz de causar danos ambientais.

No entanto, a Advocacia-Geral, representando o Ibama, argumentou nos autos que a ilha é área pública, pertencente à União, incompatível com a exploração individual. A AGU destacou ainda que os fiscais do IBAMA constataram o considerável dano ambiental ocasionado na ilha pelo constante fluxo de pessoas, lanchas e até helicópteros.

“Além de representar a defesa do patrimônio público, uma vez que a ilha é um bem da União, a AGU dá a essas ações um tratamento prioritário por envolver áreas ambientais sensíveis, cujos recursos naturais devem ser preservados. Daí a importância de ser assegurada a validade da atuação dos órgãos fiscalizadores, que buscam coibir a exploração ilegal”, esclarece o Procurador Federal Jailton Augusto Fernandes, integrante da Equipe do Núcleo de Matéria Ambiental, Fundiário e Indígena da Procuradoria-Regional Federal da 2ª Região.

O juízo da 1ª Vara Federal de Angra dos Reis (RJ) acolheu os argumentos da AGU e julgou improcedentes os pedidos do empresário, mantendo a multa e o embargo do empreendimento.

O Procurador Federal Jailton Augusto Fernandes destaca a importância da decisão. “O resultado da ação beneficia o poder público, uma vez que assegura a validade do ato administrativo e afirma a natureza pública da Ilha. Mas o principal beneficiado com a decisão judicial é o meio ambiente, além de toda a sociedade, que ganha com a preservação de recursos ambientais tão valiosos”, afirma.

Atuaram no caso, a Equipe do Núcleo de Matéria Ambiental, Fundiário e Indígena da Procuradoria-Regional Federal da 2ª Região, unidade da Procuradoria-Geral Federal, órgão da AGU.

Referência: PROCEDIMENTO COMUM Nº 0000179-17.2009.4.02.5111/RJ

Fonte: Gov/Governo Federal

Leia mais

MPAM recomenda medidas preventivas contra estiagem em Atalaia do Norte e Manacapuru

As prefeituras de Atalaia do Norte e Manacapuru receberam recomendações do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) para adotarem medidas preventivas e mitigatórias...

Prazo para submissão de artigos em Concurso Científico do TCE-AM encerra nesta sexta-feira (5)

Os pesquisadores interessados têm até a próxima sexta-feira (5) para o envio dos artigos ao I Concurso de Artigos Científicos do Tribunal de Contas...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Atendente que consumiu bebida alcoólica em serviço tem justa causa confirmada

Um homem que bebeu cerveja durante o expediente enquanto trabalhava como barman não conseguiu reverter sua demissão por justa...

Justiça anula ato administrativo e restabelece guarda de porco e cabra de estimação a homem

A 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo anulou ato administrativo que determinou a...

PGR aponta participação de filho de desembargador em suposto esquema de venda de sentença

São Paulo-SP - A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga o desembargador Ivo de Almeida, do Tribunal de Justiça de...

Justiça suspende cobrança de parcelas de empréstimos não pagas durante a pandemia

A Justiça condenou o Banco do Brasil e o Banco Bradesco a suspender a cobrança das parcelas dos empréstimos...