O Juiz Alexandre Antunes da Silva invocou a ordem pública e não acolheu parecer do Ministério Público que, ao ter vista do pedido da advogada Inaíza Herradon Ferreira, presa no Presídio Militar de Campo Grande, emitiu parecer favorável, para que a mesma estudasse dentro da unidade prisional, especialmente no sentido de cursar, via online, um preparatório de capacitação de 360 horas na área de Gestão em Segurança Pública e Cidadania pela Faculdade Faveni. A causídica e outros advogados, segundo as investigações integram o esquema “Sintonia das Gravatas”, formado por advogados que se destacam por serem “pombos correios” do grupo criminoso.
A decisão judicial, não considerou, no que pesasse, o benéfico parecer do Promotor de Justiça e ainda questionou as circunstâncias “envoltas”, determinando que a ré, que responde a processo presa preventivamente explique quais os meios pelos quais está tendo acesso à plataforma da universidade e que o diretor do presídio informe se a causídica está tendo acesso a computador, notebook ou até mesmo a aparelho celular.
A fundamentação da decisão está relacionada ao fato de que o pedido veio acompanhado de uma declaração firmada pela Universidade Faveni de que a advogada está cursando o Curso de Capacitação, e, deveras, não havia sido a hipótese autorizada pelo juízo, até porque a mesma não responde ao processo em liberdade provisória, mantendo-se provisoriamente presa.
A advogada é investigada na Operação Courrier, do Gaeco ( Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Para as investigações, a causídica teria a função, em harmonia com outros colegas, de levar e trazer recados de presos integrantes de facções criminosas, e, até mesmo de presos incomunicáveis.