O Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, demonstrou, ontem, domingo, dia 30, os primeiros sinais de preocupação com a transição a ser enfrentada nestes dois meses seguintes até o dia 1º de janeiro do ano que vem, em 2023, data em que tomará posse como novo chefe do Executivo Federal. “Estou metade alegre e metade preocupado, partir de amanhã tenha que me preocupar como é que a gente via governar esse país”, declarou o petista em carro de som.
“Eu preciso saber se o presidente que nós derrotamos vai permitir que haja uma transição, para que a gente tome conhecimento das coisas. Eu quero dizer para vocês que eu tenho dois meses apenas para montar um governo, para conhecer a máquina como está e e u preciso escolher bem cada pessoa que vai participar da nova democratização do nosso país”.
A preocupação de Lula tem endereço certo e determinado: o de restar evidenciado se Bolsonaro vai aceitar o resultado das eleições. Como afirmou Lula, em qualquer lugar do mundo, o presidente derrotado já teria ligado, reconhecendo a derrota. Bolsonaro se isolou, sequer agradeceu os também milhões de votos que receber nas urnas que tanto combateu nesse processo eleitoral.
Lula tem direito de nomear 50 nomes para integrar a Comissão de Transição para o seu governo, mas precisará de amplo e irrestrito acesso ao Palácio do Planalto que é comandado, então por Jair Bolsonaro. Lula terá que enfrentar a desmilitarização do Planalto durante essa transição, para ter acesso as informações que são imprescindíveis para a sobrevinda do novo governo à frente do Executivo.