A situação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tende não apenas a se complicar como também possa trazer reflexos negativos sobre o ex-presidente da República ante o avanço das investigações dos atos de 08 de janeiro na CPMI do Congresso Nacional. Tudo começou com a CPI analisando e- mails de Mauro Cid negociando a venda de um Rolex por R$ 300 mil recebido em viagem oficial.
Segundo o material em posse da Comissão, no dia 06 de junho de 2022, Mauro Cid recebeu um e-mail em inglês de uma interlocutora onde houve o questionamento acerca da qualidade do relógio e Cid respondeu não ter o certificado porque foi um presente recebido durante viagem oficial, mas que pretendia vendê-lo por R$ 300 mil. Segundo apontam levantamentos, os fatos poderão levar a uma nova linha de investigação contra Bolsonaro relacionado ao escândalo dos presentes das joias árabes.
Este e outros fatos conexos fariam parte de um pacote que se iniciou quando o COAF identificou movimentações financeiras estranhas de Mauro Cid, no valor de R$ 3,7 milhões em dez meses. Fala-se em um novas suspeitas que podem envolver um ‘esquema’ internacional de joias no qual possam estar inseridos alguns nomes, ainda não revelados, da antiga equipe do Palácio do Planalto. Até então há apenas uma conclusão inarredável, a de que as movimentações financeiras de Mauro Cid foram altíssimas, mormente quando comparadas a sua renda mensal.