Os acordos de leniência das empreiteiras condenadas na Lava Jato podem caminhar do pagamento das multas impostas, que somam R$ 8 bilhões de Reais, para a execução de obras públicas, que seriam pagas, com abatimento nesses valores. A ideia surgiu ainda no Governo Bolsonaro, mas não foi pra frente, e agora ressurge no Governo Lula, com apoio do Ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União.
Os acordos de leniência assumidas pelas empresas preveem ressarcimento aos cofres públicos estatais, além da destinação de verbas ao Ministério Público Federal e a própria Corregedoria Geral da União, conforme homologado pela Justiça. A proposta poderá vir como uma fórmula para acelerar obras sem depender do orçamento da União, ou seja, as obras poderão ser realizadas sem desembolso, e o abatimento dos débitos das empresas.
Fazem parte de grupo de empresas que podem ser ‘beneficiadas’ por essa modalidade a Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, UTC e Camargo Corrêa. Essas empresas passam por momentos financeiros difíceis e não se opõe a esse novo sistema, que, recepcionado, poderá contornar situações de recuperação que enfrentam.