TJAM homenageia juiz Adalberto Carim com espaço verde na sede do Tribunal

TJAM homenageia juiz Adalberto Carim com espaço verde na sede do Tribunal

O Tribunal de Justiça do Amazonas, por meio da Comissão de Participação Feminina e do Subcomitê de Logística Sustentável do TJAM, inaugurou na manhã desta sexta-feira (30/09) o “Espaço Dr. Adalberto Carim Antônio”, que homenageia a memória do juiz de Direito do TJAM, falecido em 20 de abril deste ano, e que durante anos foi o titular da Vara de Meio Ambiente e Questões Agrárias (Vemaqa), da Corte Estadual e foi o idealizador do espaço que agora, revitalizado, passa a ter o nome dele, na área externa do Centro Administrativo Des. José de Jesus Ferreira Lopes, prédio Anexo à Sede do TJAM.

Participaram do evento o presidente do TJAM, o desembargador Flávio Humberto Pascarelli Lopes; a vice-presidente, desembargadora Maria das Graças Pessôa Figueiredo; corregedor-geral de Justiça, desembargador Ernesto Anselmo Queiroz Chíxaro; o desembargador Welligton José de Araújo, coordenador da Comisão do Meio Ambiente do TJAM; e a desembargadora Mirza Telma de Oliveira Cunha, coordenadora da Comissão de Participáção Feminina do TJAM; além de vários magistrados e servidores da Corte, assim como familiares do homenageado.

“Eu quero a agradedecer a presença de todos e dizer à familia que a honra, neste momento, é do tribunal de Justiça. O Adalberto Carim foi um dos expoentes na área do meio ambiente, com seu trabalho não só no Amazonas, mas no Brasil e no mundo. Ele é reconhecido no mundo todo, e reconhecido na forma mais positiva, e é por isso que este ambiente foi idealizado, para homenagear este colega tão brilhante”, pontuou o presidente do TJAM, Flávio Pascarelli.

Além dos magistrados (as), servidores (as) e colaboradores (as) do TJAM, estavam presentes familiares de Adalberto Carim, entre eles o irmão do magistrado, Ataliba David Antônio; a cunhada, Socorro de Fátima Branca S. Ferreira David Antônio; a sobrinha, Soraya Natasha Ferreira David Antônio e os sobrinhos Ataliba David Antônio Neto e Marcelo Acácio Ferreira David Antônio.

“Ele era um profissinal extremamente empenhado. Desde muito cedo, ainda criança, já se destacava na escola, por sua dedicação e disciplina, e em toda sua vida foi assim. Um filho dedicado, irmão amado, tio presente, profissional ímpar. Eu agradeço a esta casa, ao colegiado, que lembrou da dedicação extrema que ele tinha ao meio ambiente”, pontou.

Uma das iniciativas do juiz Carim foi exatamente a criação do espaço reinaurado nesta sexta-feira. Ainda na gestão do desembargador Ari Moutinho, em 2013, o juiz fazia parte da Comissão de Gestão Ambiental da Corte quando propôs a criação de uma horta comunitária, ao lado do Centro Administrativo. Naquele mesmo ano, quando da inauguração do prédio, o espaço verde foi criado, com a horta.

Em 8 de dezembro daquele mesmo ano, aconteceu a primeira colheita, com distribuição de hortaliças orgânicas entre servidores e magistrados, cultivadas no local. Foram distribuídos pés de alface e de cebolinhas com o intuito de valorizar o verde, disseminar a cultura de uma alimentação mais saudável, além de aproveitar os espaços disponíveis para o incentivo à criação de hortas.

“Tenho muito boas lembranças do colega Carim, sempre tão gentil e atencioso, participativo e cheio de ideias. Criou esse espaço, que na época era um horta, e pensando em homenagear a memória e os feitos dele, tivemos a ideia de revitalizar e de dar o nome dele ao local. Todos abraçaram a ideia e não mediram esforços para que a proposta se tornasse real”, afirmou a desembargadora Mirza Telma.

No lugar da antiga horta, foram colocadas plantas ornamentais, em um desenho paisagístico no formato da balança, um dos símbolos da justiça. Mudas de espécies como a “chuva-de-ouro” e o “ipê-amarelo” também foram plantadas no local.

“O dia de hoje concretiza uma justa e merecida homenagem a quem tanto se dedicou à preservação do meio ambiente. Com seu trabalho priomoroso, o Adalberto contribuiu para a Vara do Meio Ambiente da Justiça do Amazonas, a primeira criada no Brasil. Ressalto que a ideia de sustentabilidade sempre tão defendida pelo Carim, levei comigo para o TRE/AM, com a criação da usinavoltaica”.

Histórico

O juiz Adalberto Carim Antonio começou a trabalhar no TJAM em 1.º de junho de 1990, ainda como assistente jurídico. Passou no concurso público e tomou posse no dia 24 de junho de 1993, iniciando sua atuação na magistratura amazonense na Vara Única da Comarca de Anamã, no interior do Estado. Atuou no Juizado Especial Criminal e foi um dos responsáveis pela criação da primeira Vara ambiental no Brasil, em 1997 – a Vara Especializada em Meio Ambiente e Questões Agrárias da Comarca de Manaus (Vemaqa), sendo titular da unidade jurisdicional até o seu falecimento, neste ano.

Filho de Olinda Carim Antonio e do desembargador Ataliba David Antonio, falecido em 2007 e que dá nome ao Plenário da sede do Tribunal de Justiça do Amazonas, o juiz Adalberto Carim desenvolveu diversos projetos como a “Oca do Conhecimento”, a “Justiça Volante Ambiental”, o “Projeto Sementes da Vida” e o “Espaço da Cidadania Ambiental (Ecam)”, todos voltados ao incentivo da cultura da preservação, da sustentabilidade e da educação ambiental, visando ào fortalecimento da chamada “ecocidadania”.

O magistrado também chegou a receber a Menção Honrosa – Juiz Especial, do “VI Prêmio Innovare”, com o trabalho “A Justiça do século XXI”; e foi assessor técnico na Conferência das Partes n.º15 da Convenção das Nações Unidas para Mudanças Climáticas em Copenhague – Dinamarca, em 2009.

Fonte: Asscom TJAM

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