A PGR, Procuradoria-Geral da República é a instância máxima do MPF (Ministério Público Federal) e atua perante o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal Superior Eleitoral. Na PGR, atualmente, com o término do mandato de Augusto Aras, crescem não só as expectativas para a escolha do novo nome que comandará a Instituição, como também aumenta as dúvidas de Lula, uma vez que a escolha levará a sua subscritura em ato que não se vincula a lista prévia elaborada pelos procuradores federais.
Seja por crime comum ou por crime de responsabilidade, cabe ao PGR a formação de juízo de convicçao para eventual acusação contra o Presidente da República. Pesa sobre Lula o fato de que o Presidente da Câmara dos Deputados não é um aliado. Cabe a Lira, na atual condição, a tarefa de autorizar ou não o prosseguimento de eventual denúncia do PGR. Lula, nesse clima, anunciou que a escolha não recairá sobre nenhum dos nomes da lista tríplice formada no Ministério Público Federal. Mas também disse a aliados que está em dúvida.
Na era Rodrigo Janot, nomeado por Dilma Roussef dentre os três mais votados, foi o período no qual se fincou o protagonismo imenso dado à área criminal dentro do órgão, por causa da Lava Jato tão combatida por Lula e seus aliados políticos ante os reflexos negativos que findaram com a prisão do atual presidente à época de Dallagnol e Sérgio Moro.
Há uma, certeza entre Lula e seus aliados, a de que o cargo de PGR é tão importante quanto a de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Afinal, é da iniciativa exclusiva e irrenunciável do chefe do Ministério Público Federal a deliberação de deflagrar uma ação penal ou de se inclinar por um arquivamento de qualquer procedimento de natureza criminal contra o Presidente da República.