Terminou nesta madrugada o júri dos três homens acusados de duplo homicídio qualificado e cárcere privado, em Porto Alegre, no ano de 2018. O Tribunal do Júri do 2º Juizado da 2ª Vara do Júri da Comarca de Porto Alegre considerou os réus Willian dos Santos da Fontoura, Arthur Nunes dos Santos e João Pedro Stéfano Rosa dos Santos culpados. A pena para os réus foi fixada em 25 anos, 10 meses e 24 dias de reclusão em regime fechado. O julgamento foi presidido pela Juíza de Direito Lourdes Helena Pacheco da Silva.
Cabe recurso da sentença.
Caso
Conforme a denúncia do Ministério Público, o crime aconteceu no dia 21/03/18, na Rua Guilherme Alves, zona leste de Porto Alegre. Márcio Lima Soares e Antônio José da Silva Guedes foram executados a tiros, após serem feitos de reféns, juntamente com um homem e uma mulher. De acordo com o MP, o objetivo dos sequestradores, que pertenciam a uma facção criminosa, era usá-los de escudo humano na disputa com rivais.
As quatro vítimas foram sequestradas na noite anterior (20/03/18). Antônio foi retirado de sua residência, no bairro Partenon. Márcio estava em casa com a esposa e a filha deles, de 11 anos de idade. Elas foram mantidas no imóvel, ficando em cárcere por 17 horas. Já o homem e a mulher foram sequestrados por volta das 21h30min, enquanto caminhavam na Rua Pedro Ivo.
Por volta da meia-noite, os quatro foram colocados em um automóvel e levados para as adjacências da Vila Maria da Conceição, onde seriam usados como escudos humanos durante confronto com outro grupo, o que não acabou acontecendo.
Antônio foi morto a tiros, que atingiram o pulmão, coração e fígado. Márcio foi executado com um tiro na nuca. O casal foi levado de volta para a casa onde eram mantidos em cárcere. No dia seguinte, os dois conseguiram fugir do local e pedir socorro.
Com informações do TJ-RS